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Esta palavra tem origem diversa.
Do grego Plakuos, nome que se dava na Grécia a um bolo achatado e arredondado.
A raiz Plak, tem origem indo-europeu e indica uma forma achatada.
Do latim Placenta, tambem tem a acepção de bolo achatado.
O nome da placenta só aparece na nomenclatura anatômica no século XVI.
Realdus Columbus (1516-1559), discípulo de Vesalius, em seu livro De Re Anatomica utilizou a expressão in modum orbicularis placentae (a modo de um bolo redondo), Fallopius (1523-1562) chamou-a de placenta uterina, denominação esta que se sobrepôs à de secundina, passando a merecer a preferência dos anatomistas e obstetras.
A placenta, com suas membranas, era chamada em grego Deútera, que quer dizer segunda, seguinte, que vem depois.
Esta idéia transladou-se ao latim na palavra secundina.
Mondino (1270-1326), em seu Tratado de Anatomia, chamou-a pars secundinae.
Por influência da medicina francesa o vocabulário médico português enriqueceu-se com o termo delivramento, que é uma adaptação do francês Délivrance e que passou a ser usado como sinônimo de secundamento na terminologia obstétrica.
A introdução do termo delivramento na língua portuguesa data do século XIX, tendo sido o mesmo empregado por Rocha Nazarem em seu livro Compilação de Doutrinas Obstétricas, editado em Lisboa em 1843.
A sinonímia de secundamento inclui ainda os termos decedura, dequitação e dequitadura.
Decedura é termo arcaico, já encontrado no Elucidário de Viterbo e pouco empregado atualmente, enquanto dequitação e dequitadura passaram a ser utilizados para designar o primeiro tempo do secundamento, ou seja, o descolamento da placenta.
Dequitação e dequitadura derivam do verbo dequitar, com o sentido de livrar-se de uma coisa penosa.